SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DO ÁLCOOL
Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar: Guia de Medicina de Urgência
Álvaro Nagib Atallah, Elisa Suemitsu Higa, Leonardo de Lucca Schiavon,
Luciana Oba O. Kikuchi, Rodrigo Silva Cavallazzi - Barueri, SP - Manole, 2004
Pessoas que ingerem bebida alcoólica de forma excessiva apresentam sinais e sintomas desta síndrome quando diminuem a quantidade ingerida ou param completamente de beber. As principais manifestações clínicas são: agitação, ansiedade, alteração de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos, taquicardia e hipertensão arterial. Ocorrem complicações como: alucinações, delirium tremens e convulsões.
Diagnóstico
• As primeiras manifestações surgem após 6 h da diminuição ou interrupção do uso do álcool: tremores, ansiedade, insônia, náuseas e inquietação.
• Sintomas mais severos ocorrem em aproximadamente 10% dos pacientes e incluem febre baixa, taquipnéia e sudorese profusa. As convulsões podem ocorrer em cerca de 5% dos pacientes não tratados.
• Outra complicação grave é o delirium tremens, caracterizado por alucinações, alteração do nível de consciência e desorientação. Geralmente se instala em 1 a 3 dias e pode durar de 1 semana a 2 meses. A mortalidade nesses pacientes é de 5 a 25%.
Tratamento
Ambulatorial e internação domiciliar
Cuidados gerais
• Esclarecimento sobre SAA para o paciente e os familiares.
• Retornos freqüentes ou visitas da equipe ao domicilio.
• Não dirigir veículos.
• Dieta leve ou restrita; hidratação adequada.
• Ambiente calmo com pouca estimulação audiovisual.
•Supervisão de familiares com encaminhamento para emergência, se necessário.
Farmacoterapia
• Tiamina: 300 mg/dia intramuscular, a seguir oral.
• Sedativos (redução gradual): diazepam de 20 a 40 mg/dia via oral; clordiazepóxido de 100 a 200 mg/dia via oral; lorazepam (se hepatopatia associada) 4 a 8 mg/dia via oral.
Internação hospitalar
Cuidados gerais
• Repouso absoluto, dieta leve ou jejum.
• Monitoração da glicemia, dos eletrólitos e da hidratação.
Farmacoterapia
• Tiamina: 300 mg/dia intramuscular; se apresentar ataxia, confusão mental, nistagmo, aumentar a dose. A seguir, administração oral.
• Sedativos (redução gradual): diazepam de 10 a 20 mg de hora em hora via oral; clordiazepóxido de 50 a 100 mg de hora em hora via oral; lorazepam (se hepatopatia associada) 2 a 4 mg de hora em hora via oral.
• Se necessário, diazepam endovenoso, 10 mg em 4 minutos com retaguarda para manejo de parada respiratória.
• Redução da medicação gradualmente.
Complicações
Convulsões
• Diazepam 10 mg endovenoso nas crises
Delirium tremens
• Diazepam 60 mg/dia via oral.
• Lorazepam (hepatopatia associada) 12 mg/dia via oral.
• Associar, se necessário, haloperidol 5 mg/dia via oral ou clonidina 0,1 a 0,2 mg/dia via oral.
Alucinose alcoólica
• Haloperidol 5 mg/dia.
O que não fazer
• Hidratar indiscriminadamente.
• Administrar glicose sem necessidade.
• Administrar clorpromazina ou fenil-hidantoína.
• Aplicar diazepam endovenoso sem recursos para reverter uma possível parada respiratória.
Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar: Guia de Medicina de Urgência
Álvaro Nagib Atallah, Elisa Suemitsu Higa, Leonardo de Lucca Schiavon,
Luciana Oba O. Kikuchi, Rodrigo Silva Cavallazzi - Barueri, SP - Manole, 2004
Pessoas que ingerem bebida alcoólica de forma excessiva apresentam sinais e sintomas desta síndrome quando diminuem a quantidade ingerida ou param completamente de beber. As principais manifestações clínicas são: agitação, ansiedade, alteração de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos, taquicardia e hipertensão arterial. Ocorrem complicações como: alucinações, delirium tremens e convulsões.
Diagnóstico
• As primeiras manifestações surgem após 6 h da diminuição ou interrupção do uso do álcool: tremores, ansiedade, insônia, náuseas e inquietação.
• Sintomas mais severos ocorrem em aproximadamente 10% dos pacientes e incluem febre baixa, taquipnéia e sudorese profusa. As convulsões podem ocorrer em cerca de 5% dos pacientes não tratados.
• Outra complicação grave é o delirium tremens, caracterizado por alucinações, alteração do nível de consciência e desorientação. Geralmente se instala em 1 a 3 dias e pode durar de 1 semana a 2 meses. A mortalidade nesses pacientes é de 5 a 25%.
Tratamento
Ambulatorial e internação domiciliar
Cuidados gerais
• Esclarecimento sobre SAA para o paciente e os familiares.
• Retornos freqüentes ou visitas da equipe ao domicilio.
• Não dirigir veículos.
• Dieta leve ou restrita; hidratação adequada.
• Ambiente calmo com pouca estimulação audiovisual.
•Supervisão de familiares com encaminhamento para emergência, se necessário.
Farmacoterapia
• Tiamina: 300 mg/dia intramuscular, a seguir oral.
• Sedativos (redução gradual): diazepam de 20 a 40 mg/dia via oral; clordiazepóxido de 100 a 200 mg/dia via oral; lorazepam (se hepatopatia associada) 4 a 8 mg/dia via oral.
Internação hospitalar
Cuidados gerais
• Repouso absoluto, dieta leve ou jejum.
• Monitoração da glicemia, dos eletrólitos e da hidratação.
Farmacoterapia
• Tiamina: 300 mg/dia intramuscular; se apresentar ataxia, confusão mental, nistagmo, aumentar a dose. A seguir, administração oral.
• Sedativos (redução gradual): diazepam de 10 a 20 mg de hora em hora via oral; clordiazepóxido de 50 a 100 mg de hora em hora via oral; lorazepam (se hepatopatia associada) 2 a 4 mg de hora em hora via oral.
• Se necessário, diazepam endovenoso, 10 mg em 4 minutos com retaguarda para manejo de parada respiratória.
• Redução da medicação gradualmente.
Complicações
Convulsões
• Diazepam 10 mg endovenoso nas crises
Delirium tremens
• Diazepam 60 mg/dia via oral.
• Lorazepam (hepatopatia associada) 12 mg/dia via oral.
• Associar, se necessário, haloperidol 5 mg/dia via oral ou clonidina 0,1 a 0,2 mg/dia via oral.
Alucinose alcoólica
• Haloperidol 5 mg/dia.
O que não fazer
• Hidratar indiscriminadamente.
• Administrar glicose sem necessidade.
• Administrar clorpromazina ou fenil-hidantoína.
• Aplicar diazepam endovenoso sem recursos para reverter uma possível parada respiratória.
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