segunda-feira, 13 de julho de 2015

CICLOS VITAIS - INTERESSANTE


CICLOS VITAIS



Principais desenvolvimentos

nos oito períodos do ciclo de vida



Faixa etária

Estágio pré-natal (concepção até nascimento)

Primeira infância (nascimento até 3 anos)

Segunda infância (3 a 6 anos)

Terceira infância (6 a 12 anos)

Adolescência (12 a 20 anos)

Jovem adulto (20 a 40 anos)

Meia-idade (40 a 65 anos)

Terceira idade (65 anos em diante)


ESTÁGIO PRÉ-NATAL  (CONCEPÇÃO ATÉ NASCIMENTO)



PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Formação da estrutura e órgãos corporais básicos.

O crescimento físico é o mais rápido de todos os períodos

Grande vulnerabilidade às influências ambientais.


PRIMEIRA  INFÂNCIA  (NASCIMENTO ATÉ 3 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

O recém-nascido é dependente porém competente.

Todos os sentidos funcionam no nascimento.

Crescimento físico e desenvolvimento das habilidades motoras são rápidos.

Capacidade de aprender e lembrar está presente, até mesmo nas primeiras semanas de vida.

Compreensão e fala se desenvolvem rapidamente.

Autoconsciência se desenvolve no segundo ano.

Apego aos pais e a outros se forma aproximadamente no final do primeiro ano de vida.

Interesse por outras crianças aumenta.


SEGUNDA  INFÂNCIA  (DE 3 A 6 ANOS)



  PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Força e habilidades motoras simples e complexas aumentam.

Comportamento é predominantemente egocêntrico, mas a compreensão da perspectiva dos outros aumenta.

Imaturidade cognitiva leva a muitas idéias ilógicas acerca do mundo.

Brincar, criatividade e imaginação tornam-se mais elaborados.

Independência, autocontrole e cuidado próprio aumentam.ØØ

Família ainda é o núcleo da vida, embora outras crianças comecem a se tornar importantes.


TERCEIRA  INFÂNCIA  (DE 6  A 12 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Crescimento físico diminui.

Força e habilidades físicas se aperfeiçoam.

Egocentrismo diminui.

Crianças passam a pensar com lógica, embora predominantemente concreta.

Memória e habilidades de linguagem aumentam.

Ganhos cognitivos melhoram a capacidade de tirar proveito da educação formal.

Auto-imagem se desenvolve, afetando a auto-estima.

Amigos assumem importância fundamental.


ADOLESCÊNCIA  (DE 12  A 20 ANOS)



  PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Mudanças físicas são rápidas e profundas.

Atinge-se a maturidade reprodutiva.

Capacidade de pensar abstratamente e usar o pensamento científico se desenvolve.

Egocentrismo adolescente persiste em alguns comportamentos.

Busca de identidade torna-se fundamental.

Grupos de amigos ajudam a desenvolver e testar a auto-imagem.

Relacionamento com os pais geralmente é bom.


ADULTO  (DE 20  A 40 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Saúde física atinge o máximo, depois cai ligeiramente.

Habilidades cognitivas assumem maior complexidade.

Decisões sobre relacionamentos íntimos são tomadas.

A maioria das pessoas se casa; a maioria tem filhos.

Escolhas profissionais são feitas.


MEIA- IDADE  (DE 40 A 65 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Ocorre certa deterioração da saúde física, e declínio da resistência e perícia.

Mulheres entram na menopausa.

Sabedoria e capacidade de resolução de problemas práticos são acentuadas; capacidade de resolver novos problemas declina.

Senso de identidade continua a se desenvolver.

Dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos pode causar estresse.

Partida dos filhos tipicamente deixa o ninho vazio.

Para alguns, sucesso na carreira e ganhos atingem o máximo; para outros ocorre um esgotamento profissional.

Busca do sentido da vida assume importância fundamental.

Para alguns, pode ocorrer a crise da meia-idade.


TERCEIRA IDADE  (DE 65 ANOS EM DIANTE)



  PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

A maioria das pessoas é saudável e ativa, embora a saúde e a capacidade física declinem um pouco.

Retardamento do tempo de reação afeta muitos aspectos do funcionamento.

A maioria das pessoas é mentalmente ativa.   Embora a inteligência e a memória possam se deteriorar  em algumas áreas, a maioria das pessoas encontra modos de compensação.

Aposentadoria pode criar mais tempo para o lazer mas pode diminuir as rendas.

As pessoas precisam enfrentar perdas em muitas áreas (perdas de suas próprias faculdades, perda de afetos) e a iminência de sua própria morte.



LIVRO CICLO DA VIDA



Gestação, Parto e Puerpério

O Bebê e os Pais

O Ciclo Vital da Família

A Criança de 0 a 3 anos

A Criança Pré-Escolar

A idade Escolar: Latência (6 a 12 anos)

A Puberdade

A Adolescência

Adultos Jovens, seus Scripts e Cenários

Idade Adulta: Meia-Idade

A Velhice

A Morte: Última Etapa do Ciclo Vital

O  NEURÔNIO

O  neurônio  é  a  unidade  funcional  do  cérebro.

Um neurônio pode receber milhares de conexões sinápticas  de outros neurônios, uma vez que o cérebro humano apresenta, aproximadamente, 10 neurônios.

Calcula-se que o número total de genes do DNA humano chegue a 100.000.    Desses, talvez 50.000 sejam funcionais exclusivamente no cérebro, o que sugere  a  enorme complexidade  do  controle genético  sobre  o  cérebro  e  seu  desenvolvimento.



Estágios



I. Sensório-Oral (Infância)

II. Anal-Muscular

III. Genital-Locomotor

IV. Latência (Idade escolar)

V. Puberdade e Adolescência

VI. Adulto Jovem

VII. Adulto



Crise  Psicossocial



Confiança Básica X Desconfiança

Autonomia X Vergonha, Dúvida

Iniciativa X Inferioridade

Atividade X Inferioridade

Identidade X Confusão de Identidade

Intimidade X Isolamento

Generatividade X Estagnação

Integridade de Ego X Desespero



MECANISMOS  DE  DEFESA

 I -   Defesas  Narcísicas

Negação: evitar a percepção de algum aspecto doloroso da realidade, negando dados sensoriais. Afeta mais a percepção da realidade externa do que da realidade interna.  Não é necessariamente psicótica, podendo estar a serviço de objetivos adaptativos ou neuróticos.

 Projeção: perceber e reagir a estímulos internos inaceitáveis e seus derivados como se estivessem fora do self  (eu).  Pode levar a delírios francos sobre a realidade externa, usualmente de cunho persecutório; inclui tanto a percepção de seus próprios sentimentos em outros como agir em função dessa percepção.

Distorção: reformular grosseiramente a realidade externa no sentido de enquadrá-la aos desejos internos, podendo incluir crença irreal megalomaníaca, alucinações e delírios, utilizando sentimentos delirantes de superioridade ou autoridade.

II - Defesas  Imaturas

 Atuação (acting-out): expressão direta de um desejo ou pulsão inconsciente para evitar a consciência do afeto associado a eles.  A fantasia inconsciente é vivida de modo impulsivo, gratificando mais o impulso do que a sua proibição.   Inclui agir para evitar a tensão que resultaria se o impulso fosse postergado.

Bloqueio:  inibição usualmente temporária dos afetos, pensamentos ou impulsos.

Hipocondria: transformação da censura alheia em autocensura e queixas de dor e enfermidade somática, como conseqüência de privação, solidão ou pulsões agressivas inaceitáveis.

Introjeção: internalização das características de um objeto amado, visando a aproximar-se deste e manter sua presença.   A introjeção de um objeto temido, pela internalização das suas características agressivas, leva a um controle da agressão.

Comportamento passivo-agressivo: agressão para com o objeto, manifestada de forma indireta e ineficaz por meio de passividade, masoquismo e voltando-se contra si mesmo.

 Projeção: atribuição aos outros dos próprios sentimentos inaceitáveis. Inclui preconceitos, rejeição, suspeita, excessiva cautela contra perigos externos, etc.

 Regressão: retorno a um estágio anterior do desenvolvimento devido à dificuldade de enfrentar as ansiedades e desafios atuais. Inclui um retorno a pontos de fixação primitivos e incorporação de comportamentos já abandonados.

 Somatização: conversão defensiva de derivados psíquicos em sintomas corporais

III - Defesas Neuróticas

Controle: tentativa exagerada de manejar ou regular os acontecimentos ou o ambiente externo com o objetivo de minimizar a ansiedade e resolver conflitos internos.

Deslocamento: sentimentos vinculados a um objeto são redirecionados a outro (p. ex. fobias).

Dissociação: modificação do caráter de uma pessoa ou de seu sentimento de identidade a fim de evitar angústia. Separa ativamente sentimentos, representações do self ou do objeto contraditórias como bem-mal, prazer-desprazer, etc.

Intelectualização: controle dos afetos e dos impulsos pensando sobre eles, mas não os experimentando.

Isolamento: divisão intrapsíquica ou separação entre o afeto e seu conteúdo, levando à repressão da idéia ou afeto ou ao deslocamento do afeto para um conteúdo diferente ou substituto.

Racionalização: aplicação de justificativas incorretas ou uso de sofismas convincentes para explicar atitudes, crenças ou comportamentos inaceitáveis de outra forma.

Formação reativa: expressão de sentimentos inaceitáveis de uma forma antitética ou oposta.

Repressão ou recalque: expulsão de uma idéia ou sentimento da percepção consciente para o inconsciente.

IV - Defesas Maduras

Altruísmo: satisfação vicária construtiva e gratificante das pulsões por serviços prestados aos outros.

Ascetismo: gratificação derivada da renúncia do prazer atribuída a uma experiência em favor de valores morais.

Humor: capacidade de fazer graça de si mesmo sem incômodo pessoal e sem causar desprazer nos demais.   Permite que se tolere o que parece ser terrível de ser suportado.

Sublimação: gratificação de uma pulsão cuja finalidade é preservada, mas cujo alvo ou objeto é convertido de socialmente objetável em socialismo valorizado.   Permite que as pulsões sejam canalizadas em vez de reprimidas ou desviadas.

Supressão: decisão consciente ou semiconsciente de adiar a tenção para um impulso ou conflito consciente.

Representações  da  gestante  como  mulher    e  mãe.

Fantasias  a  respeito  do  filho  e  da   sua identidade  futura.

Antecipações  de  dificuldades  profissionais  e no  relacionamento  com  o marido.

Medo  da  própria  morte  e/ou  do  bebê  no  parto,  bem  como  de malformações

Durante   o   processo   do    divórcio    observam-se    minicrises previsíveis  para  as  quais  os  adultos devem  estar  preparados  (Seibt, 1996) :

1. no momento da decisão de separar-se;

2. quando a decisão é comunicada à família e aos amigos;

3. quando se discutem dinheiro e visitas;

4. quando a separação física acontece;

5. quando o divórcio legal é assinado;

6. quando assuntos precisam ser renegociados, como, por exemplo, dinheiro e visitas e  quando um dos pais começa a namorar;

7. quando se comemoram aniversários, formaturas e outros acontecimentos importantes (um dos dois casa novamente, por exemplo).

EXPRESSÃO  GRÁFICA



O domínio do traço oblíquo: a criança vai mais além do desenho do quadrado, da cruz, do círculo e do triângulo para o desenho do losango e do “x”.

O detalhamento e a coordenação das estruturas do desenho da figura  humana:  surgem  atributos como mãos  e  olhos  e  posicionamento  adequado  do pescoço e  dos  diferentes  segmentos  do corpo.

O aparecimento no desenho do movimento e de interações:  a  criança  se  expressa  mais  pelo desenho do  que  pelo  relato  de  fatos.

A  noção  de  profundidade  e  de  sombreado:  noções que  surgem  ao  final  e  indicam  mudança  no sentido  da  aquisição  de  perspectiva  tridimensional.

AS  TAREFAS  EVOLUTIVAS  DA  MEIA-IDADE

aceitação do corpo que envelhece;

aceitação da limitação do tempo e da morte pessoal;

manutenção da intimidade;

reavaliação dos relacionamentos;

relacionamentos com os filhos: deixar ir, atingir igualdade, integrar novos membros;

relação com seus pais: inversão de papéis, morte e individuação;

exercício do poder e posição: trabalho e papel de instrutor;

novos significativos, habilidades e objetivos dos jogos na meia-idade;

preparação para a velhice.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Manter a saúde física com a prevenção das doenças degenerativas;

Independência  econômica;

Ter  seu  próprio  espaço  físico  ou  moradia;

Ter  laços  de  amizade  e  vínculos  fortes  com  a  família;

Manter um relacionamento íntimo com um(a) companheiro(a);

Ter  um  vínculo  com  a  comunidade;

Manter-se  sempre  ocupado  e  com  planos  para  o  futuro;

Se possível, manter um vínculo com seu antigo trabalho ou  profissão;

Buscar  ajuda  na  comunidade;

Praticar  exercícios,  manter  uma  atividade  física  regular.

TAREFAS EVOLUTIVAS DO

ADULTO JOVEM (20 A 40 ANOS)



      1. Desenvolvimento de um sentido do self e do outro – a terceira individuação, com busca do preenchimento das lacunas deixadas pelas duas outras (infância e adolescência).   Ele permite uma separação psicológica dos pais da infância e uma (relativa) auto-suficiência no mundo adulto; facilita a relação de reciprocidade com os pais.

     2. Desenvolvimento de amizades adultas, mais difíceis de serem mantidas, diferentes daquelas da adolescência. Amizades com pessoas de diferentes idades, e de diferentes backgrounds.  (“Não vale” só pessoas da mesma idade, da mesma profissão, do mesmo nível sócio-econômico-cultural, etc.)

3. Desenvolvimento da capacidade para a intimidade emocional e sexual.  Rever a crise conforme Erikson: intimidade versus isolamento (resultado: amor e filiação).

4. Tornar-se pai ou mãe em termos biológicos e psicológicos, capacidade esta baseada em antecedentes ou conquistas desenvolvimentais prévias: identidade de gênero nuclear na infância, consciência da diferença entre os sexos, resolução saudável do Édipo, integração, na fase da latência, de atitudes pessoais, familiares e sociais em relação à masculinidade e feminilidade, evolução da vida sexual na adolescência e experiências evolutivas de sexo e intimidade na fase de adulto jovem. (Engravidar pode até ser fácil; difícil é ser pai ou mãe).

5. Formação de uma identidade profìssional adulta, encontrando um lugar gratificante no mundo do trabalho (atenção para as diferenças entre trabalho, emprego e subemprego na nova economia).

6. Desenvolvimento de formas adultas de brincar.  Manter-se em contato com "a criança de cada um de nós" ; não esquecer que o brincar é a base do inventar, do criar, do descobrir, essenciais na atividade artística e científica.

7. Tomada de consciência da limitação do tempo e da morte pessoal, de forma integrada. (Rever a hipótese de Elliot Jaques: auge versus morte nas pessoas criativas entre os 35 e 39 anos.)

CARACTERÍSTICAS QUE SUGEREM PROVÁVEL ETIOLOGIA

PSICOSSOCIAL DOS SINTOMAS



A história e a descrição do sintoma não caracterizam nenhuma doença familiar para o médico.

A descrição do sintoma parece exagerada ou afetada, e imagens floridas são empregadas para descrever a queixa.

Queixas somáticas múltiplas, envolvendo vários sistemas, são relatadas.

O tipo da queixa física indica, por si só, alta probabilidade de etiologia psicogênica (por exemplo, dor abdominal recorrente, cefaléia crônica, hiperventilação, tonturas, etc).

A queixa é acompanhada de outros sinais e sintomas de natureza vegetativa (sudorese, palidez, tonturas, taquicardia, polaciúria, etc), e/ou de queixas vagas como fadiga, dores difusas, distúrbios do apetite e do sono.

O paciente parece indiferente ou pouco preocupado com a existência do sintoma, apesar da aparente gravidade deste, ou, ao contrário, sua preocupação é desproporcionalmente intensa para um sintoma pouco significativo.

 As queixas surgiram após um evento ou situação estressante.

Os sintomas do adolescente se assemelham aos de alguma pessoa (pais, irmãos, parentes, amigo, vizinho) que faleceu recentemente ou está com alguma doença grave.

Há conflito familiar (desarmonia, drogadição, separação, doença grave, morte, etc), abuso sexual, e/ou história de queixas somáticas freqüentes nos pais.

O adolescente e/ou seus pais notam a relação entre a sintomatologia e eventos (ou situações) estressantes, e/ou sintomas emocionais com ansiedade, medo, tristeza, raiva, etc.

O adolescente e/ou seus pais relutam em aceitar a associação etiológica do sintoma físico com os fatores psicossociais, quando esta parece óbvia para o médico.

A sintomatologia física é acompanhada de sinais e sintomas de um distúrbio afetivo, como depressão, ou de ansiedade, ou de distúrbio de conduta, e/ou de condições como abuso de drogas, ideação suicida, ou preocupação exagerada com a morte.

A sintomatologia física parece trazer ganhos secundários desejados pelo adolescente, como faltas à escola ou à competição esportiva, maior atenção da família, menor responsabilidade, etc.

As queixas físicas motivaram freqüentes faltas à escola ou ao trabalho, e essas faltas não foram mencionadas pelo paciente.

O adolescente foi visto com a mesma queixa por vários médicos e/ou atendido várias vezes em pronto-socorros, e/ou realizou vários exames complementares, e/ou tomou vários medicamentos, sem melhora da sintomatologia.

A sintomatologia melhora após uma ou mais entrevistas de apoio, e/ou após medicação placebo, e/ou após exames que resultaram normais.



CICLOS VITAIS



Principais desenvolvimentos

nos oito períodos do ciclo de vida



Faixa etária

Estágio pré-natal (concepção até nascimento)

Primeira infância (nascimento até 3 anos)

Segunda infância (3 a 6 anos)

Terceira infância (6 a 12 anos)

Adolescência (12 a 20 anos)

Jovem adulto (20 a 40 anos)

Meia-idade (40 a 65 anos)

Terceira idade (65 anos em diante)


ESTÁGIO PRÉ-NATAL  (CONCEPÇÃO ATÉ NASCIMENTO)



PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Formação da estrutura e órgãos corporais básicos.

O crescimento físico é o mais rápido de todos os períodos

Grande vulnerabilidade às influências ambientais.


PRIMEIRA  INFÂNCIA  (NASCIMENTO ATÉ 3 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

O recém-nascido é dependente porém competente.

Todos os sentidos funcionam no nascimento.

Crescimento físico e desenvolvimento das habilidades motoras são rápidos.

Capacidade de aprender e lembrar está presente, até mesmo nas primeiras semanas de vida.

Compreensão e fala se desenvolvem rapidamente.

Autoconsciência se desenvolve no segundo ano.

Apego aos pais e a outros se forma aproximadamente no final do primeiro ano de vida.

Interesse por outras crianças aumenta.


SEGUNDA  INFÂNCIA  (DE 3 A 6 ANOS)



  PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Força e habilidades motoras simples e complexas aumentam.

Comportamento é predominantemente egocêntrico, mas a compreensão da perspectiva dos outros aumenta.

Imaturidade cognitiva leva a muitas idéias ilógicas acerca do mundo.

Brincar, criatividade e imaginação tornam-se mais elaborados.

Independência, autocontrole e cuidado próprio aumentam.ØØ

Família ainda é o núcleo da vida, embora outras crianças comecem a se tornar importantes.


TERCEIRA  INFÂNCIA  (DE 6  A 12 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Crescimento físico diminui.

Força e habilidades físicas se aperfeiçoam.

Egocentrismo diminui.

Crianças passam a pensar com lógica, embora predominantemente concreta.

Memória e habilidades de linguagem aumentam.

Ganhos cognitivos melhoram a capacidade de tirar proveito da educação formal.

Auto-imagem se desenvolve, afetando a auto-estima.

Amigos assumem importância fundamental


ADOLESCÊNCIA  (DE 12  A 20 ANOS)



  PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Mudanças físicas são rápidas e profundas.

Atinge-se a maturidade reprodutiva.

Capacidade de pensar abstratamente e usar o pensamento científico se desenvolve.

Egocentrismo adolescente persiste em alguns comportamentos.

Busca de identidade torna-se fundamental.

Grupos de amigos ajudam a desenvolver e testar a auto-imagem.

Relacionamento com os pais geralmente é bom.

ADULTO  (DE 20  A 40 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

Saúde física atinge o máximo, depois cai ligeiramente.

Habilidades cognitivas assumem maior complexidade.

Decisões sobre relacionamentos íntimos são tomadas.

A maioria das pessoas se casa; a maioria tem filhos.

Escolhas profissionais são feitas.


MEIA- IDADE  (DE 40 A 65 ANOS)



 PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

ØOcorre certa deterioração da saúde física, e declínio da resistência e perícia.

Mulheres entram na menopausa.

Sabedoria e capacidade de resolução de problemas práticos são acentuadas; capacidade de resolver novos problemas declina.

Senso de identidade continua a se desenvolver.

Dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos pode causar estresse.

Partida dos filhos tipicamente deixa o ninho vazio.

Para alguns, sucesso na carreira e ganhos atingem o máximo; para outros ocorre um esgotamento profissional.

Busca do sentido da vida assume importância fundamental.

Para alguns, pode ocorrer a crise da meia-idade.


TERCEIRA IDADE  (DE 65 ANOS EM DIANTE)



  PRINCIPAIS  DESENVOLVIMENTOS

ØA maioria das pessoas é saudável e ativa, embora a saúde e a capacidade física declinem um pouco.

ØRetardamento do tempo de reação afeta muitos aspectos do funcionamento.

ØA maioria das pessoas é mentalmente ativa.   Embora a inteligência e a memória possam se deteriorar  em algumas áreas, a maioria das pessoas encontra modos de compensação.

ØAposentadoria pode criar mais tempo para o lazer mas pode diminuir as rendas.

ØAs pessoas precisam enfrentar perdas em muitas áreas (perdas de suas próprias faculdades, perda de afetos) e a iminência de sua própria morte.



LIVRO CICLO DA VIDA



Gestação, Parto e Puerpério

O Bebê e os Pais

O Ciclo Vital da Família

A Criança de 0 a 3 anos

A Criança Pré-Escolar

A idade Escolar: Latência (6 a 12 anos)

A Puberdade

A Adolescência

Adultos Jovens, seus Scripts e Cenários

Idade Adulta: Meia-Idade

A Velhice

A Morte: Última Etapa do Ciclo Vital

O  NEURÔNIO

O  neurônio  é  a  unidade  funcional  do  cérebro.

Um neurônio pode receber milhares de conexões sinápticas  de outros neurônios, uma vez que o cérebro humano apresenta, aproximadamente, 10 neurônios.

Calcula-se que o número total de genes do DNA humano chegue a 100.000.    Desses, talvez 50.000 sejam funcionais exclusivamente no cérebro, o que sugere  a  enorme complexidade  do  controle genético  sobre  o  cérebro  e  seu  desenvolvimento.



Estágios



I. Sensório-Oral (Infância)

II. Anal-Muscular

III. Genital-Locomotor

IV. Latência (Idade escolar)

V. Puberdade e Adolescência

VI. Adulto Jovem

VII. Adulto



Crise  Psicossocial



Confiança Básica X Desconfiança

Autonomia X Vergonha, Dúvida

Iniciativa X Inferioridade

Atividade X Inferioridade

Identidade X Confusão de Identidade

Intimidade X Isolamento

Generatividade X Estagnação

Integridade de Ego X Desespero



MECANISMOS  DE  DEFESA

 I -   Defesas  Narcísicas

Negação: evitar a percepção de algum aspecto doloroso da realidade, negando dados sensoriais. Afeta mais a percepção da realidade externa do que da realidade interna.  Não é necessariamente psicótica, podendo estar a serviço de objetivos adaptativos ou neuróticos.

 Projeção: perceber e reagir a estímulos internos inaceitáveis e seus derivados como se estivessem fora do self  (eu).  Pode levar a delírios francos sobre a realidade externa, usualmente de cunho persecutório; inclui tanto a percepção de seus próprios sentimentos em outros como agir em função dessa percepção.

Distorção: reformular grosseiramente a realidade externa no sentido de enquadrá-la aos desejos internos, podendo incluir crença irreal megalomaníaca, alucinações e delírios, utilizando sentimentos delirantes de superioridade ou autoridade.

II - Defesas  Imaturas

 Atuação (acting-out): expressão direta de um desejo ou pulsão inconsciente para evitar a consciência do afeto associado a eles.  A fantasia inconsciente é vivida de modo impulsivo, gratificando mais o impulso do que a sua proibição.   Inclui agir para evitar a tensão que resultaria se o impulso fosse postergado.

Bloqueio:  inibição usualmente temporária dos afetos, pensamentos ou impulsos.

Hipocondria: transformação da censura alheia em autocensura e queixas de dor e enfermidade somática, como conseqüência de privação, solidão ou pulsões agressivas inaceitáveis.

Introjeção: internalização das características de um objeto amado, visando a aproximar-se deste e manter sua presença.   A introjeção de um objeto temido, pela internalização das suas características agressivas, leva a um controle da agressão.

Comportamento passivo-agressivo: agressão para com o objeto, manifestada de forma indireta e ineficaz por meio de passividade, masoquismo e voltando-se contra si mesmo.

 Projeção: atribuição aos outros dos próprios sentimentos inaceitáveis. Inclui preconceitos, rejeição, suspeita, excessiva cautela contra perigos externos, etc.

 Regressão: retorno a um estágio anterior do desenvolvimento devido à dificuldade de enfrentar as ansiedades e desafios atuais. Inclui um retorno a pontos de fixação primitivos e incorporação de comportamentos já abandonados.

 Somatização: conversão defensiva de derivados psíquicos em sintomas corporais

III - Defesas Neuróticas

Controle: tentativa exagerada de manejar ou regular os acontecimentos ou o ambiente externo com o objetivo de minimizar a ansiedade e resolver conflitos internos.

Deslocamento: sentimentos vinculados a um objeto são redirecionados a outro (p. ex. fobias).

Dissociação: modificação do caráter de uma pessoa ou de seu sentimento de identidade a fim de evitar angústia. Separa ativamente sentimentos, representações do self ou do objeto contraditórias como bem-mal, prazer-desprazer, etc.

Intelectualização: controle dos afetos e dos impulsos pensando sobre eles, mas não os experimentando.

Isolamento: divisão intrapsíquica ou separação entre o afeto e seu conteúdo, levando à repressão da idéia ou afeto ou ao deslocamento do afeto para um conteúdo diferente ou substituto.

Racionalização: aplicação de justificativas incorretas ou uso de sofismas convincentes para explicar atitudes, crenças ou comportamentos inaceitáveis de outra forma.

Formação reativa: expressão de sentimentos inaceitáveis de uma forma antitética ou oposta.

Repressão ou recalque: expulsão de uma idéia ou sentimento da percepção consciente para o inconsciente.

IV - Defesas Maduras

Altruísmo: satisfação vicária construtiva e gratificante das pulsões por serviços prestados aos outros.

Ascetismo: gratificação derivada da renúncia do prazer atribuída a uma experiência em favor de valores morais.

Humor: capacidade de fazer graça de si mesmo sem incômodo pessoal e sem causar desprazer nos demais.   Permite que se tolere o que parece ser terrível de ser suportado.

Sublimação: gratificação de uma pulsão cuja finalidade é preservada, mas cujo alvo ou objeto é convertido de socialmente objetável em socialismo valorizado.   Permite que as pulsões sejam canalizadas em vez de reprimidas ou desviadas.

Supressão: decisão consciente ou semiconsciente de adiar a tenção para um impulso ou conflito consciente.

Representações  da  gestante  como  mulher    e  mãe.

Fantasias  a  respeito  do  filho  e  da   sua identidade  futura.

Antecipações  de  dificuldades  profissionais  e no  relacionamento  com  o marido.

Medo  da  própria  morte  e/ou  do  bebê  no  parto,  bem  como  de malformações

Durante   o   processo   do    divórcio    observam-se    minicrises previsíveis  para  as  quais  os  adultos devem  estar  preparados  (Seibt, 1996) :

1. no momento da decisão de separar-se;

2. quando a decisão é comunicada à família e aos amigos;

3. quando se discutem dinheiro e visitas;

4. quando a separação física acontece;

5. quando o divórcio legal é assinado;

6. quando assuntos precisam ser renegociados, como, por exemplo, dinheiro e visitas e  quando um dos pais começa a namorar;

7. quando se comemoram aniversários, formaturas e outros acontecimentos importantes (um dos dois casa novamente, por exemplo).

EXPRESSÃO  GRÁFICA



O domínio do traço oblíquo: a criança vai mais além do desenho do quadrado, da cruz, do círculo e do triângulo para o desenho do losango e do “x”.

O detalhamento e a coordenação das estruturas do desenho da figura  humana:  surgem  atributos como mãos  e  olhos  e  posicionamento  adequado  do pescoço e  dos  diferentes  segmentos  do corpo.

O aparecimento no desenho do movimento e de interações:  a  criança  se  expressa  mais  pelo desenho do  que  pelo  relato  de  fatos.

A  noção  de  profundidade  e  de  sombreado:  noções que  surgem  ao  final  e  indicam  mudança  no sentido  da  aquisição  de  perspectiva  tridimensional.

AS  TAREFAS  EVOLUTIVAS  DA  MEIA-IDADE

aceitação do corpo que envelhece;

aceitação da limitação do tempo e da morte pessoal;

manutenção da intimidade;

reavaliação dos relacionamentos;

relacionamentos com os filhos: deixar ir, atingir igualdade, integrar novos membros;

relação com seus pais: inversão de papéis, morte e individuação;

exercício do poder e posição: trabalho e papel de instrutor;

novos significativos, habilidades e objetivos dos jogos na meia-idade;

preparação para a velhice.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Manter a saúde física com a prevenção das doenças degenerativas;

Independência  econômica;

Ter  seu  próprio  espaço  físico  ou  moradia;

Ter  laços  de  amizade  e  vínculos  fortes  com  a  família;

Manter um relacionamento íntimo com um(a) companheiro(a);

Ter  um  vínculo  com  a  comunidade;

Manter-se  sempre  ocupado  e  com  planos  para  o  futuro;

Se possível, manter um vínculo com seu antigo trabalho ou  profissão;

Buscar  ajuda  na  comunidade;

Praticar  exercícios,  manter  uma  atividade  física  regular.

TAREFAS EVOLUTIVAS DO

ADULTO JOVEM (20 A 40 ANOS)



      1. Desenvolvimento de um sentido do self e do outro – a terceira individuação, com busca do preenchimento das lacunas deixadas pelas duas outras (infância e adolescência).   Ele permite uma separação psicológica dos pais da infância e uma (relativa) auto-suficiência no mundo adulto; facilita a relação de reciprocidade com os pais.

     2. Desenvolvimento de amizades adultas, mais difíceis de serem mantidas, diferentes daquelas da adolescência. Amizades com pessoas de diferentes idades, e de diferentes backgrounds.  (“Não vale” só pessoas da mesma idade, da mesma profissão, do mesmo nível sócio-econômico-cultural, etc.)

3. Desenvolvimento da capacidade para a intimidade emocional e sexual.  Rever a crise conforme Erikson: intimidade versus isolamento (resultado: amor e filiação).

4. Tornar-se pai ou mãe em termos biológicos e psicológicos, capacidade esta baseada em antecedentes ou conquistas desenvolvimentais prévias: identidade de gênero nuclear na infância, consciência da diferença entre os sexos, resolução saudável do Édipo, integração, na fase da latência, de atitudes pessoais, familiares e sociais em relação à masculinidade e feminilidade, evolução da vida sexual na adolescência e experiências evolutivas de sexo e intimidade na fase de adulto jovem. (Engravidar pode até ser fácil; difícil é ser pai ou mãe).

5. Formação de uma identidade profìssional adulta, encontrando um lugar gratificante no mundo do trabalho (atenção para as diferenças entre trabalho, emprego e subemprego na nova economia).

6. Desenvolvimento de formas adultas de brincar.  Manter-se em contato com "a criança de cada um de nós" ; não esquecer que o brincar é a base do inventar, do criar, do descobrir, essenciais na atividade artística e científica.

7. Tomada de consciência da limitação do tempo e da morte pessoal, de forma integrada. (Rever a hipótese de Elliot Jaques: auge versus morte nas pessoas criativas entre os 35 e 39 anos.)

CARACTERÍSTICAS QUE SUGEREM PROVÁVEL ETIOLOGIA

PSICOSSOCIAL DOS SINTOMAS



A história e a descrição do sintoma não caracterizam nenhuma doença familiar para o médico.

A descrição do sintoma parece exagerada ou afetada, e imagens floridas são empregadas para descrever a queixa.

Queixas somáticas múltiplas, envolvendo vários sistemas, são relatadas.

O tipo da queixa física indica, por si só, alta probabilidade de etiologia psicogênica (por exemplo, dor abdominal recorrente, cefaléia crônica, hiperventilação, tonturas, etc).

A queixa é acompanhada de outros sinais e sintomas de natureza vegetativa (sudorese, palidez, tonturas, taquicardia, polaciúria, etc), e/ou de queixas vagas como fadiga, dores difusas, distúrbios do apetite e do sono.

O paciente parece indiferente ou pouco preocupado com a existência do sintoma, apesar da aparente gravidade deste, ou, ao contrário, sua preocupação é desproporcionalmente intensa para um sintoma pouco significativo.

 As queixas surgiram após um evento ou situação estressante.

Os sintomas do adolescente se assemelham aos de alguma pessoa (pais, irmãos, parentes, amigo, vizinho) que faleceu recentemente ou está com alguma doença grave.

Há conflito familiar (desarmonia, drogadição, separação, doença grave, morte, etc), abuso sexual, e/ou história de queixas somáticas freqüentes nos pais.

O adolescente e/ou seus pais notam a relação entre a sintomatologia e eventos (ou situações) estressantes, e/ou sintomas emocionais com ansiedade, medo, tristeza, raiva, etc.

O adolescente e/ou seus pais relutam em aceitar a associação etiológica do sintoma físico com os fatores psicossociais, quando esta parece óbvia para o médico.

A sintomatologia física é acompanhada de sinais e sintomas de um distúrbio afetivo, como depressão, ou de ansiedade, ou de distúrbio de conduta, e/ou de condições como abuso de drogas, ideação suicida, ou preocupação exagerada com a morte.

A sintomatologia física parece trazer ganhos secundários desejados pelo adolescente, como faltas à escola ou à competição esportiva, maior atenção da família, menor responsabilidade, etc.

As queixas físicas motivaram freqüentes faltas à escola ou ao trabalho, e essas faltas não foram mencionadas pelo paciente.

O adolescente foi visto com a mesma queixa por vários médicos e/ou atendido várias vezes em pronto-socorros, e/ou realizou vários exames complementares, e/ou tomou vários medicamentos, sem melhora da sintomatologia.

A sintomatologia melhora após uma ou mais entrevistas de apoio, e/ou após medicação placebo, e/ou após exames que resultaram normais.



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