quarta-feira, 18 de setembro de 2013

PROCRASTINAÇÃO

Procrastinação é o adiamento de uma ação. É aquele velho habito de deixar tudo para depois …. de “empurrar com a barriga”….

Embora procrastinar seja muito comum, o fato de não cumprir com suas responsabilidades pode resultar em stress, sensação de culpa, perda de produtividade e vergonha. Isso pode ser um sinal de um disturbio crônico e nocivo, mostrando assim, uma possível desordem psicológica e a saúde fisica também acaba sendo abalada.

O procrastinador é alguém que faz várias pequenas coisas ao mesmo tempo, exatamente para não fazer aquilo que realmente deve ser feito, priorisando coisas menos importantes em vez de direcionar suas ações para aquilo que seria o mais importante. E assim, vive a ilusão de que adiando, tudo sera solucionado.

O adiamento, na maioria das vezes proporciona um alívio temporário, porque o procrastinador acredita que tudo dará certo no final.

Frequentemente as consequências são danosas, quando se olha para trás e se percebe quanto tempo foi jogado fora por falta de ação.

A partir daí, o procrastinador quer empreender grandes mudanças, querendo mudar tudo de uma vez só como num passe de mágica.

Claro, que suas tentativas serão frustradas, porque nada se faz do dia para a noite, precisamos de muito tempo e empenho para conquistar nossas grandes realizações.

Como isso tudo começa?

Na grande maioria das vezes na infancia quando as crianças são extremamente cobradas pelos pais, acreditam que não conseguirão realizar suas tarefas de modo satisfatório e acabam postergando por medo e insegurança tudo que for importante.

E também o outro lado da mesma moeda, ou seja, crianças extremamente protegidas, pois acreditam que sempre alguém fará por elas. Tornando-se assim, adultos inseguros para agir quando alguem não as tiver auxiliando.

Dicas importantes:

-Faça uma lista dos seuas afazeres diários. Analise numerando o que é mais importante e comece a ação por ele.

- Enfrente situações que antes procrastinaria. Isso proporcionará sensação de alívio após concluir uma tarefa e perceber que livrou-se dela de maneira positiva.

 - Reconheça que procrastinar vai lhe trazer mais dor do que realizar a tarefa. Na maioria das vezes, as coisas são menos complicadas do que pareciam ser.

- Avalie o que vai deixar de ganhar ou no que pode perder caso não realize essa atividade.

 - Quando perceber que está querendo procrastinar de novo, proponha-se a atuar por apenas alguns minutos na ação que está tentando evitar.

- Se a tarefa for muito desagradável, dê uma pausa e faça algo importante. É imprescindível não parar de agir.

Cuidado com essa carência, ela afasta as pessoas de você …

“Quando alguém carente se aproxima das pessoas, essa aproximação quase nunca é descompromissada ou relaxada. Existe sempre uma certa tensão”
Pessoas carentes são como polvos gigantes, esses seres maravilhosos de que fala Julio Verne. Nas páginas dos livros são encantadores e cheios de magia, mas na vida real… acabam afastando de si mais gente do que gostariam.
Carência é esse sentimento incômodo que muitas pessoas carregam, percebida por elas como um tipo de buraco, uma fome constante que chega a doer. Às vezes é fome de afeto, de amor… mas também pode aparecer como fome de atenção, como o desejo de estar sempre no palco das relações, sendo valorizado, cuidado, tratado de forma especial.
É uma exigência, muitas vezes inconsciente, uma expectativa de que os outros supram você de alguma maneira, desejo esse que costuma se impor à sua capacidade de perceber o outro como um ser individual que tem direito a escolhas e limites.
Uma pessoa carente sempre exige, mesmo que de forma disfarçada, que o outro lhe dê o que quer. Não compreende que o outro tem o direito de dizer não. O outro tem o direito de não querer lhe dar algo. O outro tem o direito de não gostar de você. (Afinal, quem é amado por “todas” as pessoas?)
Quando alguém carente se aproxima das pessoas, essa aproximação quase nunca é descompromissada ou relaxada. Existe sempre uma certa tensão. Por um lado os carentes polvos querem agir sempre adequadamente, para garantir que serão aceitos. (Sua liberdade de ser, ser simplesmente quem são, está limitada pela necessidade de saciar a suposta fome). Por outro lado, aproximam-se na expectativa de receber. Raramente aproximam-se para dar algo ao outro.
Como polvos ambulantes, pessoas carentes estendem na direção da vítima seus enormes tentáculos, tentando trazer em sua direção o que necessitam. Me dê… me dê… me dê… Essa é a mensagem inconsciente que acabam transmitindo, mesmo que o discurso seja muito diferente.
Só que, por ironia do destino, por mais que tentem disfarçar suas intenções, o outro acaba pressentindo os tentáculos e na maior parte das vezes se afasta de você. Isso faz com que a pessoa carente se sinta rejeitada, o alimento lhe foi negado, a fome aumenta e ela tenta com ainda mais intensidade, numa bola de neve sem fim.
Quando vamos com sede demais ao pote acabamos derrubando-o, e lá se vai nossa chance de beber seu conteúdo. As pessoas se afastam quando percebem alguém se aproximar na expectativa de ser suprido, como um náufrago desesperado em busca de algo a se agarrar. E a pessoa fica lá, sozinha no meio do oceano. Como uma brincadeira maldosa do destino, a pessoa acaba afastando cada vez mais a possibilidade de receber o que quer.
Ora, a pessoa carente não faz isso por que queira ser má, ou lesar o outro. Na verdade ela age baseada na falsa crença de que não consegue suprir a si mesma. Talvez venha de um lar onde não tenha se sentido amada, ou querida. Talvez tenha até recebido amor, mas por algum motivo não tenha conseguido sentir que isso tenha acontecido.
Por trás dessa atitude carente, existe uma dor e uma ilusão. A dor de uma criança ferida. A ilusão de que não se é nada mais do que essa criança.
Entenda: hoje você não é mais uma criança que precisa de alguém para cuidar de você. Aceite a ideia de que hoje você é grande o suficiente para cuidar de si mesmo!
Se a pessoa carente conseguir perceber que, não importa o que lhe tenha acontecido, isso é passado. E que hoje existe dentro dela uma força capaz de curar qualquer ferida. Se conseguir se identificar com seu lado adulto, parando de esperar que a cura venha de fora, ou das outras pessoas. Se conseguir pegar sua criança ferida no colo, e dar-lhe todo o amor, e atenção, e carinho… esse é o caminho para a transformação.
Se em vez de estender seus tentáculos na direção das pessoas, usar todos aqueles braços para abraçar, proteger e acariciar a si mesmo… se fizer isso, algo mágico começará a acontecer. O polvo vai aos poucos se transformando em uma espécie de ninho, seguro e quentinho… e nesse ninho você conseguirá se lembrar de sua verdadeira essência, e de lá sairá assumindo sua verdadeira forma, a da mais bela ave, e seu canto será tão pleno que todas as pessoas sentirão o desejo de se aproximar e acariciar suas suaves plumas.
De mãos dadas com o adulto que existe em você, sua fome será saciada por você mesmo. E a sua relação com as pessoas se transformará. Deixará de ser uma busca de alguém que supra suas necessidades infantis e passará a refletir o prazer e a alegria de uma troca genuína e adulta com outro ser humano. E com certeza, essa mudança fará com que as pessoas parem de se afastar de você e passem a querer estar a seu lado.

Como preservar os filhos durante a separação ? (Entrevista concedida ao Jornal Primeira Página de São Carlos)

Quando o divórcio ou a separação é inevitável e o casal possui filhos é preciso que haja cautela ao lidar com os pequenos, que muitas vezes ficam no meio da briga dos pais, o que poderá causar danos dolosos no psicológico da criança. Outra questão é que nesse momento é preciso tomar decisões importantes, como a guarda dos filhos.
“Todo divórcio é complicado, tanto para o casal, como para os filhos que presenciam todas as brigas e discussões do casal até a decisão final de se separar. Atualmente, com o avanço do Código Civil, existe a guarda compartilhada que é um instituto novo, criado para tentar minorar a agressividade do divórcio na vida dos filhos. A guarda compartilhada consiste na possibilidade da prole passar bastante parte de seu dia, semana, mês, como for convencionado entre as partes, com os dois genitores,
na tentativa de diminuir os danos causados pela dissolução familiar.Salientando que neste tipo de guarda deve existir o consenso entre os pais”, afirma a advogada Michelle Francelin.
O psicólogo cognitivo comportamental Flávio Mesquita, alerta sobre como os pais podem lidar com os filhos durante o processo de separação. “Existe um mito de que os pais são obrigados a ficar casados, por causa dos filhos. É melhor lidar com a ideia de que a criança esteja em meio a uma separação saudável, do que no meio de uma relação desgastada e destrutiva, em que há muita instabilidade emocional. Isso mostra para a criança que ela não tem o direito de tomar decisões importantes em prol da sua felicidade, durante sua vida”, explica. “Outra coisa fundamental é tirar qualquer traço de que a criança seja a culpada pela separação. As crianças, principalmente as pequenas, têm uma tendência a sentirem-se culpadas pelas brigas do casal. Por isso cabe aos pais a responsabilidade de explicar o quanto elas são amadas, que o problema é entre eles e que mesmo separados continuarão amando e dando toda atenção a elas”, complementa.
“Os pais jamais devem denegrir a imagem um do outro para os filhos. Nunca colocar em risco o vínculo parental da criança. Uma coisa é o relacionamento do casal que não existe mais, e outra é a ligação que o filho tem com a mãe ou com o pai”, ressalta o psicólogo.
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Como falar sobre drogas com os filhos

Muitos pais sentem dificuldade em falar com os filhos sobre drogas e a falta de diálogo pode ser prejudicial ao desenvolvimento ético e psicológica da criança. Crianças a partir de 7 anos normalmente já possuem amadurecimento intelectual suficiente para conversar sobre o assunto, mas é importante que os pais estejam bem informados sobre o assunto.

Dr. MarceloReibscheid, pediatra do Hospital São Luiz, explica que o exemplo é o primeiro passo para o sucesso na formação da criança. “A influência dos pais desde cedo pode poupar o filho de experiências negativas associadas ao uso de drogas e pode até mesmo salvar a sua vida. Fazer uso de drogas, mesmo que cigarro ou álcool pode despertar o interesse da criança, entre outros malefícios”.

Uma das principais dificuldades dos pais está no diálogo. Ainda de acordo com o pediatra, antes da conversa os pais precisam se educar, se inteirar sobre as drogas mais comuns, os efeitos no cérebro e no corpo, os sintomas que provocam, as gírias e como são utilizadas.

“É importante lembrar os filhos que o perigo não está somente no uso constante de álcool e drogas. O ocasional também pode trazer consequências, como perder uma prova ou trabalhos escolares. Os conceitos de responsabilidade e a orientação para lidar com situações complicadas também ajudam no desenvolvimento ético do adolescente ou da criança e os afasta das más companhias e escolhas”, alerta o especialista.

Para Reibscheid, quando os pais agem pautados por essas instruções, aprendem a usar melhor sua força, seu amor e sua preocupação para ajudar o filho a se situar bem no mundo, promovendo seu bem-estar e o mantendo distante das drogas.

Fonte: Abead